EDUCAÇÃO A SERVIÇO DA EQUIDADE DE GÊNERO: UM CAMINHO POSSÍVEL PARA RELAÇÕES MENOS DESIGUAIS

Resumen

O presente artigo objetivou discutir o papel da educação nas discussões da equidade de gênero no contexto escolar, considerando que a escola tem no cumprimento da sua função social, dever de proporcionar através das práticas pedagógicas, atividades que visem o desenvolvimento crítico dos alunos a fim de contribuir com sociedade mais justa, e sem estereótipos. Vivemos em um período evidenciado pela construção social dos papéis masculinos e femininos, em que a cultura patriarcal criada pela supremacia dominação do homem, reproduz e alimenta a desigualdade entre os sexos, gerando preconceitos e dando continuidade a práticas injustas nas relações sociais. Na tentativa de diminuir a desigualdade entre os gêneros na educação básica brasileira, o governo vem demonstrando preocupação e investindo esforços, propondo inclusive, iniciativas que atingem desde o financiamento da educação até as reformas curriculares, incluindo temáticas específicas como gênero, raça e direitos humanos. No entanto, ainda percebemos que as ações não ocorrem de modo efetivo, sobretudo no que se refere às práticas pedagógicas executadas nos espaços educativos, uma vez que as poucas intervenções ocorrem sem planejamento e de modo fragmentado, o que demonstra a falta de priorização do tema no plano político pedagógico da escola e talvez a pouca expertise dos profissionais da educação de manejar esse tema tão complexo (por envolver valores e princípios morais) mas ao mesmo tempo importante por tratar-se de uma realidade tão presente nos dias atuais que é desigualdade entre os gêneros.