DA “LUTA PELA TERRA” À “LUTA PELA TERRA”: ROMARIAS, MUDANÇA CLIMÁTICA E A APROPRIAÇÃO SIMBÓLICA DA GUERRA DO CONTESTADO (SANTA CATARINA, BRASIL)
Palavras-chave:
Mudanças Climáticas, Romaria da Terra, Guerra do Contestado (1912-1916)Resumo
Este artigo tem por objetivo debater atuação controversa da Igreja Católica em relação às populações excluídas na região Oeste do estado de Santa Catarina, Brasil. Esta influência, que inicialmente buscou desmobilizar as populações caboclas durante a Guerra do Contestado (1912-1916), passou a valorizar o modo destas comunidades marginalizadas mais recentemente, especialmente após a organização do movimento da Teologia da Libertação nesta região. Por fim, a narrativa da Romaria da Terra e da Água, uma celebração organizada pela Igreja que, entre outras bandeiras, debate a questão agrária, assume aspectos do ativismo ambiental. Assim, os textos da romaria apropriam-se simbolicamente de aspectos da Guerra do Contestado - onde a Igreja Católica teve uma participação contrária aos movimentos rebeldes dos caboclos - e, aproximando-se de uma retórica de defesa do ambiente e do planeta, reorganizou a narrativa de seu próprio papel neste processo.
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