Vivências de 30 anos do loxoscelismo em Curitiba, Paraná, Brasil: rumos de uma educação em saúde disruptiva, inclusiva, humanitária e sustentável1

Resumen

O reconhecimento do loxoscelismo em Curitiba remota quase 30 anos, cujo
avanço do conhecimento científico, diagnóstico, tratamento e orientação para
prevenção não impactou significativamente na redução de acidentes.
Objetivou-se caracterizar a concepção da aranha-marrom pelo segmento
acadêmico, popular e social por meio de pesquisa transversal, exploratória de
abordagem mista. Os resultados da pesquisa indicaram que os avanços
científicos subsidiários da prevenção de acidentes não têm sido transpostos
integralmente para linguagem informal. Cuja generalidade, amplitude e
reprodução de dados técnicos descontextualizados contribuem para baixa
identificação do cidadão com o problema, resultando diferentes relações com
as aranhas, teias e controle condicionadas pela idade, gênero, ensino, área de
formação, local de moradia, participação na manutenção da casa e tutoria de
animais. Essas variáveis devem ser consideradas no processo de educação
em saúde, no contexto formal e não formal, propiciando a sinergia entre a
academia, gestão pública e o cidadão na efetivação da saúde global.