PERSISTÊNCIA E SUPERAÇÃO DO CÂNONE DE MORGAN
DOI:
https://doi.org/10.58210/fprc3379Resumen
Em 1894, o psicólogo Conwy Morgan propôs o princípio metodológico de que não
devemos interpretar as ações de animais como resultado de faculdades psíquicas
superiores se essas ações puderem ser interpretadas pelo exercício de faculdades
mais abaixo na escala psíquica. Conhecido como “cânone de Morgan”, esse
princípio foi amplamente adotado nos estudos psicológicos dos animais, sobretudo
no âmbito do behaviorismo, com o intuito de fornecer objetividade e expurgar o
antropomorfismo. Neste artigo, investigamos questões relacionadas com o cânone:
seus antecedentes, sua influência e sua persistência no meio científico. Entre os
antecedentes, destacamos os trabalhos de Darwin e de Romanes. Discutimos
alguns trabalhos críticos ao cânone e propostas de metodologias alternativas, como
o resgate do método anedótico e o emprego restrito da perspectiva antropomórfica.
Abordamos questões éticas e epistemológicas envolvidas nos estudos dos animais,
destacamos trabalhos que apontam problemas no desenho de experimentos e
apontamos nestes a existência de um antropomorfismo “traiçoeiro”.
Publicado
Versiones
- 22-11-2022 (3)
- 15-11-2022 (2)
- 30-06-2022 (1)