Análise sobre eventos de ativismo social e político antirracista no esporte: a quarta onda de manifestações de atletas e os boicotes da NBA e WNBA - Volumen 12 Número 4 - Página —-


REVISTA INCLUSIONES – REVISTA DE HUMANIDADES Y CIENCIAS SOCIALES

ISSN 0719-4706
Volumen 12 Número 4
Octubre - Diciembre 2025
Páginas 36-69
https://doi.org/10.58210/ri3649

Análise sobre eventos de ativismo social e político antirracista no esporte: a quarta onda de manifestações de atletas e os boicotes da NBA e WNBA
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Analysis of Anti-Racist Social and Political Activism Events in Sport: The Fourth Wave of Athletes' Manifestations and the NBA and WNBA Boycotts
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Análisis sobre eventos de activismo social y político antirracista en el deporte: la cuarta onda de manifestaciones de atletas y los boicotes de la NBA y WNBA


Yuri Daniel Vargas Batlle

Universidade de São Paulo, Brasil

yuridaniel@usp.br

https://orcid.org/0000-0002-3663-1352

Christiano Streb Ricci

Universidade de Ribeirão Preto, Brasil e Universidade de São Paulo, Brasil

csricci@hotmail.com

https://orcid.org/0000-0003-4934-0244

Diego Monteiro Gutiérrez
Universidade de São Paulo, Brasil

diegomonteirogutierrez@gmail.com

https://orcid.org/0000-0002-5584-8338

Renato Francisco Rodrigues Marques

 Universidade de São Paulo, Brasil

renatomarques@usp.br

https://orcid.org/0000-0001-7807-3494


Fecha de Recepción: 28 de Julio de 2025

Fecha de Aceptación: 11 de noviembre de 2025

Fecha de Publicación: 15 de diciembre de 2025

Financiamiento: Programa Unificado de Bolsas - Universidade de São Paulo

Conflictos de interés:

Los autores declaran no presentar conflicto de interés.

Correspondencia:

Nombres y Apellidos: Christiano Streb Ricci e Renato Francisco Rodrigues Marques
Correo electrónico: csricci@hotmail.com e renatomarques@usp.br

Dirección postal: Av. Costábile Romano, 2.201 Ribeirânia, Ribeirão Preto-SP, Brasil e

Escola de Educação Física e Esporte de Ribeirão Preto (EEFERP-USP) - Avenida Bandeirantes, 3900, no bairro Monte Alegre, em Ribeirão Preto-SP, Brasil


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Resumo:
As manifestações políticas de atletas são historicamente silenciadas, mas têm se tornado mais frequentes. O objetivo deste estudo foi identificar e analisar os modos de manifestações ativistas antirracistas de atletas da WNBA e da NBA no ano de 2020. Realizamos uma investigação em sites de notícias especializados em esporte. Foram analisadas 62 publicações pelo método Análise Temática Reflexiva. Os resultados indicaram que os atletas se manifestaram por meio de mensagens em seus uniformes; em entrevistas; contatando e pressionando políticos; participando de protestos nas ruas; usando as redes sociais; e boicotando jogos. Dessa maneira, apresentaram-se como atletas ativistas, com ações e representatividade singulares no campo esportivo.

Palavras-chave: Ativismo político; Boicote; Antirracismo; Política; Esporte.

Abstract: Political manifestations by athletes have historically been silenced, but have become more frequent. The aim of this study was to identify and analyse the ways in which WNBA and NBA athletes practised anti-racist activism in 2020. We did an investigation on sports news websites. We found and analysed 62 publications using Reflective Thematic Analysis. The results indicated that the athletes spoke out: through messages on their uniforms, in interviews, contacting and pressuring politicians, participating in street protests, using social networks, and boycotting games. According to this, they presented themselves as activist athletes with unique actions and representation in the sports field.

Keywords: Athlete activism; Boycott; Anti-racism; Politics; Sport.


Resumen:
Las manifestaciones políticas de atletas son históricamente silenciadas, pero se han vuelto más frecuentes. El objetivo de este estudio fue identificar y analizar los modos de manifestaciones activistas antirracistas de atletas de la WNBA y la NBA en el año 2020. Realizamos una investigación en sitios web de noticias especializados en deporte. Se analizaron 62 publicaciones mediante el método Análisis Temático Reflexivo. Los resultados indicaron que los atletas se manifestaron: por medio de mensajes en sus uniformes; en entrevistas; contactando y presionando políticos; participando en protestas en las calles; utilizando las redes sociales; y boicoteando juegos. De esa manera, se presentaron como atletas activistas, con acciones y representatividad singulares en el campo deportivo.

Palabras clave: Activismo político; Boicot; Antirracismo; Política, Deporte.

Introdução

Durante o século XIX o esporte moderno é criado na Inglaterra, por meio da institucionalização de jogos populares em escolas públicas frequentadas principalmente por uma elite aristocrática, o que consagrou, em alguma medida, o seu uso como ferramenta de educação e disciplina ligadas a formas burguesas e liberais de participação social. Neste contexto, o ambiente esportivo era permeado por um discurso pretensamente apolítico, baseado nas ideias de neutralidade e meritocracia, que simbolizam a intenção de manter e reproduzir uma certa ordem social interessante aos grupos dominantes neste espaço.[1]

Porém, com a expansão do esporte enquanto fenômeno global, especialmente a partir da segunda metade do século XX[2], a diversidade de grupos que se envolveram e se apropriaram deste fenômeno o transformou em um espaço de manifestações políticas variadas, mesmo diante de movimentos de silenciamento e tentativas de legitimação de uma pretensa neutralidade.[3]

Com a profissionalização e a globalização do esporte, competições como a Copa do Mundo de Futebol e os Jogos Olímpicos de Verão se tornaram ferramentas de propaganda ideológica e de interesses econômicos e políticos por parte de estados e companhias comerciais. Por exemplo, os boicotes ocorridos na década de 1980 no contexto das tensões geradas pela Guerra Fria.[4] 

Porém, neste espaço fértil para ações e manifestações políticas, percebe-se que as possibilidades de manifestação de atletas são restritas, especialmente em temas mais sensíveis ou controversos, como a justiça social e questões estruturais ligadas ao racismo ou ao gênero.[5] [6] [7]

O espaço de manifestação política dos atletas muitas vezes foi cerceado no campo esportivo, com consequências negativas para suas carreiras. O boxeador Muhammad Ali, que era um crítico da supremacia branca norte-americana, em 1960, ao se manifestar contrário à Guerra do Vietnã e recusar o alistamento obrigatório no exército, foi banido do esporte por três anos, condenado à prisão e perdeu o título de campeão mundial.[8] O boxeador, mesmo com as punições, continuou a se manifestar e se tornou um dos principais atletas ativistas da história.

Outro exemplo foi o dos velocistas estadunidenses John Carlos e Tommie Smith, que, na cerimônia de premiação dos Jogos Olímpicos de 1968, na cidade do México, após Smith quebrar o recorde mundial e olímpico dos 200 metros rasos, fizeram, no pódio, a saudação dos Panteras Negras, que consistia em erguer o braço com o punho cerrado. Ambos foram banidos da Vila Olímpica e levados de volta ao seu país. Suas carreiras sofreram consequências, como a perda de patrocinadores e de ofertas de trabalho.[9] [10]

Mesmo diante do cerceamento aos atletas, algumas manifestações sobre temas sociais e políticos ocorrem, embora com certa resistência por parte das instituições organizadoras e financiadoras do esporte. Um exemplo foi o boicote dos jogadores e jogadoras de basquetebol das duas principais Ligas norte-americanas no ano de 2020, após o episódio de sete tiros dados por policiais brancos nas costas de Jacob Blacke, cidadão negro de 29 anos, em Wisconsin, nos Estados Unidos.[11]

O momento vivido a partir da década de 2010 pode ser considerado a quarta onda de ativismo político de atletas estadunidenses e relaciona-se principalmente a temas antirracistas.[12] Embora tais fenômenos correspondam o que alguns autores consideram ser a quinta onda de manifestações, se diferenciando da anterior por seu poder de impulsionamento e engajamento no ambiente das redes sociais, optamos neste trabalho por denominar o período a partir de 2015 ainda como quarta onda, pois concordamos que os fenômenos estudados neste presente trabalho são consequência, e em certo modo, um ato de continuidade a tais manifestações.[13]

Com base nessa tipologia, a primeira onda abrange o período de 1900 a 1945, período do apartheid estadunidense. Os atletas protagonistas foram Jack Johnson e Paul Robeson, e organizações como as Ligas de Negros e os departamentos das Historically Black Colleges and Universities (HBCUs).[14] [15] 

A segunda onda ativista ocorreu entre 1946 e 1960, coincidindo com o final da Segunda Guerra Mundial e o início do Movimento pelos Direitos Civis nos Estados Unidos (EUA). O protagonismo foi do jogador de beisebol Jackie Robinson, primeiro atleta negro a jogar a principal liga profissional de beisebol norte-americana, e da tenista Athea Gibson, graduada em uma HBCU, e primeira mulher negra a vencer o torneio de Roland Garros. Ambos se posicionaram contra a segregação racial e a favor do acesso dos negros à sociedade e à indústria esportiva.[16]

A terceira onda ocorreu entre 1961 e 1970, coincidindo com o Movimento dos Panteras Negras e o Movimento pelos Direitos Civis, protagonizada pelos atletas negros, Muhuammad Ali, Jim Brown (futebol americano), Bill Russel e Kareem Abdul-Jabbar (basquetebol) e os velocistas John Carlos e Tommie Smith. Esses atletas se integraram aos movimentos sociais na luta pelos direitos da comunidade negra nos Estados Unidos.[17]

Entre a terceira e a quarta onda, observa-se uma estagnação no ativismo dos atletas estadunidenses. Nota-se que ações governamentais e das instituições esportivas se preocuparam em evitar protestos mais radicais e em permitir algum espaço à comunidade negra.[18] Esse espaço cedido não alterava as estruturas de poder, mas criava a ilusão de uma sociedade mais igualitária. Atletas negros de destaque neste período adotaram uma postura política aparentemente neutra, com pouca ou nenhuma manifestação sobre questões raciais. Essa postura simbolizava o modelo do "atleta-corporação" em que se dedica à carreira esportiva sem se manifestar sobre temas polêmicos e controversos da sociedade, tornando-se um produto de marketing que mantém seus ganhos financeiros.[19] Como exemplos, pode-se citar o ex-jogador de futebol norte-americano O.J. Simpson, o golfista Tiger Woods e o considerado o melhor jogador de basquetebol de todos os tempos, Michael Jordan. Destaca-se que este período, tido como de estagnação em termos de manifestações políticas no esporte, possivelmente abrigou atitudes ativistas, porém sem a mesma notoriedade das consideradas anteriormente.


A quarta onda de ativismo de atletas ocorreu no início do século XXI, em resposta a casos de brutalidade policial contra a população negra nos Estados Unidos (EUA), registrados nas redes sociais. No evento de maior repercussão midiática se destaca Colin Kaeperrnick (atleta de futebol americano), com seu ato de se ajoelhar durante a execução do hino nacional dos EUA se recusando a cantá-lo, este ato pode ser considerado um impulsionador da quarta onda, apesar de não ter sido o primeiro. As atletas da WNBA (Liga de basquetebol profissional de mulheres nos EUA), Lebron James (basquetebol) e atletas universitários já tinham se manifestado sobre o tema.
[20] 

Atletas da WNBA e da NBA (Liga de basquetebol profissional de homens nos EUA) se destacam nas manifestações, e a luta antirracista é a principal pauta das ações, vinculadas especialmente ao movimento Black Lives Matter (BLM) - “Vidas Negras Importam”, em tradução livre. Este movimento surgiu em 2013, quando um segurança branco foi inocentado pelo assassinato do adolescente negro Trayvon Martin, morto no caminho de casa.


Inconformada com a impunidade deste episódio, por meio de uma postagem nas redes sociais, Alicia Garza encerrou sua mensagem de repúdio com: “
Black people, I love you, I love us. Our lives matter”.[21] [22]. A mensagem foi compartilhada com a hashtag #blacklivesmatter, e assim se iniciou o movimento, que ganhou ainda mais força quando novos episódios de violência racista contra a população negra ocorreram.


O engajamento de atletas ampliou a visibilidade do movimento, destacando-se as atletas da WNBA das franquias Minessota Linx, Indiana Fever e Phoenix Mercury, apoiando a campanha com mensagens nas camisas, em entrevistas e através de suas redes sociais. Na NBA, as movimentações foram menos coletivas e mais individualizadas. LeBron James, Jimmy Butler, Carmelo Anthony, Chris Paul, Jaylen Brown e Malcolm Brogdon são alguns exemplos de atletas que se manifestaram, especialmente por meio de redes sociais e de veículos de comunicação digitais. Alguns deles, inclusive, participaram de protestos nas ruas após o assassinato de George Floyd, em maio de 2020.
[23] [24]


Neste contexto, o ano de 2020 foi marcado por três casos de brutalidade policial com grande repercussão e culminou com boicote dos(as) atletas ativistas a jogos de
playoffs da WNBA e NBA em 26 de agosto. O estopim para o boicote foram os sete tiros recebidos nas costas por Jacob Blake, desferidos por policiais em Kenosha, Winsconsin, em 23 de agosto, além do ocorrido em março com Breonna Taylor, que foi morta a tiros por policiais em sua casa, e em maio com George Floyd, asfixiado pelo policial Derek Chauvin, recebendo ambos os casos, grande repercussão mundial.[25] [26]


Deste modo, o objetivo geral deste trabalho foi identificar e analisar os modos de manifestações de ativismo antirracista de atletas da WNBA e da NBA no ano de 2020. De forma específica, este estudo procurou analisar: a) quais foram as formas de manifestações antirracistas veiculadas pelos veículos de comunicação especializados em esporte;
 b) como se distribuiu a cobertura midiática em relação às manifestações dos atletas da NBA e WNBA; e c) quais foram os/as atletas da NBA e da WNBA que mais tiveram suas manifestações registradas pelos veículos de comunicação analisados.

1 MÉTODO

Este trabalho caracteriza-se como um estudo baseado na análise sistemática da literatura midiática. A exploração de diferentes possibilidades na área da comunicação permite encontrar novos caminhos metodológicos para analisar objetos midiáticos complexos e heterogêneos. A diversidade permite uma abertura teórica que favorece a profundidade crítica das análises e a compreensão do avanço da comunicação social via mídias contemporâneas que se articulam com o cotidiano vivenciado.[27]

Neste processo, buscamos e analisamos notícias sobre a participação de atletas da WNBA e da NBA em movimentos ligados à quarta onda de ativismo antirracista em 2020. Alguns veículos de comunicação digital, ligados à imprensa profissional, foram selecionados para a análise, segundo o seguinte critério: a) devem ter transmitido jogos da WNBA e da NBA na temporada de 2019-2020; b) suas páginas na Internet devem possuir ferramenta de busca de notícias. Deste modo, as buscas foram realizadas nos websites da ESPN Brasil, da ESPN EUA, do Globoesporte e do SporTV.

Como descritores de busca, foram escolhidas as seguintes palavras-chave: "ativismo atletas WNBA", "ativismo atletas NBA", "protesto jogadoras WNBA", "protesto jogadores NBA", "WNBA e Black Lives Matter", "NBA e Black Lives Matter". Além dos equivalentes em inglês (traduzidos livremente pelos autores): “WNBA athlete activism”, “NBA athlete activism”, “WNBA players protest”, “NBA players protest”, “WNBA and Black Lives Matter”, “NBA and Black Lives Matter”.

Foram estabelecidos os seguintes critérios para a escolha e inclusão das notícias no corpo de dados: a) notícias publicadas no período de 13 de março de 2020, quando ocorreu o assassinato de Breonna Taylor, a 18 de outubro de 2020, uma semana após o término da temporada 2020-2021 da NBA; b) notícias que citavam nominalmente os/as atletas em alguma ação e ou manifestação antirracista.

As buscas pelas notícias ocorreram entre os dias 30 de setembro de 2021 e 9 de outubro de 2021.

Para analisar o teor das notícias, utilizou-se a Análise Temática Reflexiva (ATR), um método de pesquisa qualitativa amplamente utilizado em estudos nas áreas da saúde, do esporte e do exercício[28], que possibilita identificar temas e padrões significativos em um corpo de dados. Este método requer envolvimento e interpretação do pesquisador; por isso, os temas não simplesmente emergem dos dados, mas são identificados por ele a partir de seus interesses ou referências teóricas. [29] [30] [31]

1.1 COLETA DE DADOS

A coleta de dados ocorreu em duas etapas principais. A primeira identificou e quantificou o número de notícias encontradas e o número de notícias que atendiam aos critérios para análise, além dos nomes de atletas mais citados/as, do número de notícias sobre atletas da WNBA e da NBA e de uma linha do tempo que permite identificar em quais datas foram veiculadas mais notícias sobre o tema.

A segunda etapa envolveu o uso da ATR para identificar temas e categorias no conteúdo das notícias (dados).

1.2 ANÁLISE DOS DADOS

Para a análise de dados, utilizou-se o método da Análise Temática Reflexiva (ATR).[32] [33] [34] A ATR foi orientada pelas escolhas e interesses teóricos e analíticos do autor do trabalho e pelos interesses da pergunta da pesquisa. Tal abordagem é voltada à análise dos contextos socioculturais e das condições estruturais que permitem e subsidiam a ação dos agentes.

As notícias selecionadas foram lidas na íntegra, e os trechos selecionados para análise referiam-se a expressões e modos de participação e de ativismo político dos atletas da WNBA e da NBA. Os temas, que se organizaram pelos modos e meios de ativismo político dos(as) atletas, foram construídos a partir da análise dos trechos selecionados, utilizando a ATR. Realizou-se uma codificação com base nas características das informações. Esses códigos foram analisados, e os mais relevantes para a resposta aos objetivos do estudo foram agrupados para a construção dos temas e de suas possíveis relações. Dessas relações entre os temas foi gerado o relatório que contempla a interpretação dos pesquisadores em relação à literatura.[35]

2 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os resultados serão apresentados em duas etapas: na primeira apresenta-se as quantificações referentes aos achados; e na segunda apresenta-se os temas e subtemas relacionados às formas de manifestações antirracistas dos(as) atletas.

2.1 CARACTERIZAÇÃO DAS NOTÍCIAS

A figura 1 apresenta o fluxograma das notícias selecionadas para análise.

Figura 1 - Fluxograma com os resultados do processo de seleção de notícias

Fonte: Elaborado pelos autores.

Percebe-se uma diferenciação na divulgação entre as notícias de atletas da WNBA e da NBA; das 62 notícias selecionadas, 13 (21%) se referiam às mulheres e 49 (79%) aos homens. Essa relação pode indicar que as coberturas midiáticas tendenciaram a ser maiores para o esporte praticado por homens, pelo menos no que diz respeito às notícias relacionadas às manifestações antirracistas de atletas que atuam na mesma modalidade esportiva em solo norte-americano.

Nas 62 notícias selecionadas, os nomes de atletas mais citados se encontram nos quadros 1 e 2, referentes, respectivamente, às mulheres e aos homens.

Quadro 1 - Atletas da WNBA citadas

Atletas WNBA citadas

Frequência

Damiris Dantas, Sue Bird

5 notícias

Natasha Cloud

4 notícias

Alysha Clark, Elizabeth Williams, Layshia Clarendon, Maya Moore, Renee Montgomery, Skylar Diggins-Smith

2 notícias

Angel McCoughtry, Ariel Atkins, Brittney Griner, Diana Taurasi, Elena Delle Donne, Lindsay Whale, Rebekkah Brunson, Seimone Augustus, Sheryl Swoope.

1 notícias

Fonte: Elaborado pelos autores.

Quadro 2: Atletas da NBA citados

Atletas da NBA citados

Frequência

LeBron James

20 notícias

Kyrie Irving

11 notícias

Chris Paul

8 notícias

Jaylen Brown

5 notícias

Dwight Howard, Russell Westbrook

4 notícias

DeMar DeRozan, Donovan Mitchell, Malcolm Brogdon, Patrick Beverley, Stephen Curry

3 notícias

Andre Iguodala, Avery Bradley, Carmelo Anthony, George Hill, Giannis Antetokounmpo, Jamal Murray, JR Smith, Kyle Korver, Damian Lillard, Lou Williams, Patty Mills

2 notícias

Austin Rivers, Bam Adebayo, Bradley Beal, De'Aaron Fox, Ed Davis, Eric Paschall, Grant Williams, Ja Morant, Jae Crowder, Jayson Tatum, Jimmy Butler, John Wall, Jonathan Isaac, Jordan Clarkson, Justin Anderson, Karl-Anthony Towns, JaVale McGee, Michael Carter-Williams, Pascal Siakam, Pau Gasol, Trae Young, CJ McCollum

1 notícia

Fonte: Elaborado pelos autores.

Na figura 2, aponta-se a distribuição das notícias ao longo do período entre a primeira publicação selecionada, de 31/05/2020, e a última, de 22/09/2020. O primeiro período de pico foi entre 28/06 e 03/07, e se refere ao momento em que os atletas discutiam se iriam retomar a temporada e quando decidiram que sim, houve um debate sobre quais tipos de ações fariam para aproveitar os jogos para dar visibilidade à causa. O segundo pico, maior que o primeiro, foi quando as imagens do caso de brutalidade policial contra Jacob Blake levaram ao boicote a jogos das duas ligas (WNBA e NBA) em 26 e 27/08.

Figura 2: Linha do tempo das notícias selecionadas

E382C48

Fonte: Elaborada pelos autores.

Os picos de notícias evidenciam um padrão de comportamento da mídia, que explora o assunto quando ele ocorre e após isso deixa de retratá-lo, com o poder de influenciar a opinião geral do público. [36]

2.2 ANÁLISE DAS MANIFESTAÇÕES ANTIRRACISTAS DOS/DAS ATLETAS

Esta seção apresenta os resultados gerados a partir da ATR sobre o objeto “Manifestações e disposições antirracistas das jogadoras e jogadores da WNBA e da NBA”. Com base nas análises, foram gerados os seguintes temas: "Ações em momentos de jogo" e "Ações em diferentes contextos".

2.2.1 Ações em momentos de jogo

Apresentamos nesta seção, ações dos/as atletas através de símbolos, como o uso de camisetas, bonés, tênis ou uniformes de jogo com alguma frase e/ou imagem de protesto, atos como o de deixar de alisar o cabelo, como forma de resgatar a importância de ter orgulho de seus ancestrais e identidade coletiva, e mensagens antirracistas nas quadras de jogo, fruto de uma pressão exercida pelos jogadores e jogadoras sobre as ligas.

Atletas da NBA e da WNBA enfrentaram um impasse no retorno às atividades durante a pandemia da COVID-19. A proposta de retorno envolvia a criação de bolhas para que os jogos ocorressem de forma mais controlada. Enquanto isso, a sociedade americana se encontrava envolta em inúmeros protestos após o assassinato de George Floyd, e os jogadores e jogadoras entraram em dúvida se era válido ou não retomar o campeonato, o que poderia diminuir a atenção e a energia dedicadas aos protestos por parte da população.[37]

A maioria dos/as atletas se decidiu pelo reinício da temporada, porém, com a condição de que as ligas dessem espaço para que pudessem se manifestar em relação aos ocorridos  e, principalmente, apresentar mensagens de conscientização sobre racismo, tão enraizado na sociedade estadunidense. Assim, a liga providenciou que as quadras onde aconteceriam os jogos teriam a frase “Black Lives Matter” estampada, além de que os jogadores poderiam optar por uma série de frases e palavras para usar nos uniformes de jogo em vez de seus nomes.[38]

Essa concessão, por parte das ligas, aos pedidos de jogadores e jogadoras refletiu dois aspectos importantes. Primeiro, a urgente necessidade de retomar os prejuízos financeiros ocasionados pela paralisação, que, em abril de 2020, eram estimados em US$ 840 milhões para as emissoras de TV, segundo levantamento da consultoria MediaRadar.[39] Isso se explica pelo momento em que se encontrava a temporada, a ponto de iniciar os playoffs (fase final de disputas dos campeonatos), momento decisivo em que ocorre maior faturamento com audiência e contratos de patrocínio. Por isso, era imprescindível, do ponto de vista comercial e de interesse das ligas, que o plano de retomada acontecesse, e sem os jogadores isso não seria possível.

Outro aspecto a se destacar é o empenho e força dos(as) atletas na luta antirracista, que se ilustra de certa forma pela quantidade de jogadoras (88% da WNBA) e jogadores (74,9% da NBA) negras e negros nessas ligas [40] [41], que viveram e ainda vivem o racismo no cotidiano. Casos como os de Sterling Brown e Thabo Sefolosha (ambos jogadores da NBA), que sofreram abordagens violentas da polícia nos últimos anos, com o segundo tendo a perna quebrada pelos agentes de segurança e perdendo o restante da temporada de 2015[42], infelizmente ainda são recorrentes.

O fato de experimentarem esse problema estrutural, além de se enxergarem como grupo racializado de maneira mais nítida em comparação com outros países [43], contribui para uma maior união dos jogadores em torno dessas causas. No Brasil, por exemplo, o racismo mata um jovem negro a cada 23 minutos, segundo o Mapa da Violência de 2016[44], e a liga de futebol, onde os atletas negros também são a maioria[45], não costuma contar com protestos antirracistas frequentes por parte dos próprios atletas. Nos EUA, os movimentos negros parecem ser mais bem articulados. Esse pode ser um fator - dentre outros que também contribuem - que influencia até hoje a luta antirracista, inclusive com relação à união de jogadoras e jogadores das ligas profissionais de basquete dos EUA.[46]

A maioria dos/as atletas acabou aderindo à substituição dos nomes pelas frases-protesto em suas camisetas de jogo - “Praticamente todos os atletas estão atuando com mensagens contra o racismo em suas camisas.”[47]-, incluindo jogadores e jogadoras brancos que entenderam a importância de também entrarem na luta antirracista. Um dos atletas brancos que se pronunciou sobre o assunto foi Kyle Korver, do Milwaukee Bucks. Para ele, escolher uma mensagem de justiça social para usar nas costas da camiseta foi simples. O homem branco que falou abertamente sobre os privilégios brancos escolheu “Black Lives Matter”. “Só acho que, neste momento, esta é a mensagem. Qualquer coisa que eu esperaria transmitir nas costas de uma camiseta está representada nessas três palavras”, disse Korver ao The Undefeated em uma mensagem de texto. [48] [49]

Esse, inclusive, tem sido um movimento tímido de alguns poucos atletas brancos além de Korver, como Alex Caruso e J.J. Redick. Foram relatados seis atletas brancos que se pronunciaram sobre como é ser uma pessoa branca jogando na NBA[50], o que evidencia a dificuldade geral da população branca em se perceber como grupo racializado.[51]

Jimmy Butler, atleta negro do Miami Heat, tentou protestar sem colocar nome algum na camisa, nem o próprio. Entretanto, foi forçado a trocar a camisa antes do jogo começar, devido às regras do campeonato.[52] LeBron James foi um dos poucos que não aderiram à alteração nos uniformes de jogo, dizendo que respeitava quem optou pelo ato, porém, que não pensava que essa fosse uma maneira sua de protestar: “É algo que não ressoa seriamente com a minha missão, meu objetivo.[53] Donovan Mitchell, do Utah Jazz, inovou ao protestar contra o racismo, levou ao jogo contra o New Orleans Pelicans um colete à prova de balas com os nomes de dezenas de cidadãos negros estadunidenses que foram mortos pela polícia.[54] 

Nos jogos realizados na “bolha”, os jogadores da NBA também protestaram, ajoelhando-se durante o hino , acompanhados pelos membros das comissões técnicas e dos árbitros, em todos os jogos, sem sofrer sanções. Esse fato se torna relevante, pois poucos anos antes, em 2016, o quarterback dos San Francisco 49ers, Colin Kaepernick, também se ajoelhou durante a execução do hino em protesto antirracista, mas foi muito criticado e punido informalmente pela NFL, de onde foi banido, de forma não declarada, de qualquer contrato profissional com outras equipes.[55]

Nos EUA, o nacionalismo é uma marca cultural muito forte e o respeito ao hino nacional é muito prezado. As reações dos fãs adultos a esse tipo de ativismo passam, de forma importante, pelo senso de identidade nacional e pelo patriotismo, que influenciam diretamente a forma como o público estadunidense percebe os protestos. Na NBA, esse ato também foi criticado; entretanto, não houve sanções contra quem se ajoelhasse, já que esse tipo de protesto pacífico foi uma das condições exigidas pelos jogadores para a retomada dos jogos.[56]

Na WNBA, as jogadoras iniciaram a temporada utilizando camisas com o nome de Breonna Taylor, mais uma vítima do racismo policial. New York Liberty e Seattle Storm ainda fizeram 26 segundos de silêncio (idade de Breonna) e saíram de quadra durante a execução do hino estadunidense.[57] O ativismo antirracista da WNBA foi enfatizado em um artigo de Lisa Borders, ex-presidenta da liga, no qual se discute o pioneirismo das atletas, que sempre protestaram defendendo suas causas, de diversas formas, porém sem muito espaço midiático.[58] Esse padrão também se percebeu nas notícias selecionadas.

Após a retomada, o momento de maior tensão foi após a morte de Jacob Blake, assassinado com sete tiros nas costas disparados por policiais.  As jogadoras de Washington Mystics, Atlanta Dream, Los Angeles Sparks, Minnesota Lynx, Connecticut Sun e Phoenix Mercury, da WNBA, vestiram camisas brancas com desenhos vermelhos nas costas, em alusão aos tiros disparados, e se retiraram da quadra, boicotando os jogos daquela rodada.[59]

Outro caso que gerou reação na WNBA foi quando a coproprietária de uma franquia e candidata republicana nas eleições de 2020 ao Senado dos EUA, Kelly Loeffler, do Atlanta Dream, se manifestou contra o ativismo das jogadoras da liga e contra o movimento Black Lives Matter[60] As jogadoras da própria franquia reagiram usando, antes dos jogos, camisetas com a frase “Vote Warnock”, em referência ao candidato concorrente, Raphael Warnock, um político negro com marcado posicionamento antirracista.

A única atleta brasileira atuante na WNBA à época também se manifestou, deixando de alisar o cabelo em resposta aos padrões de beleza eurocêntricos  nas sociedades ocidentais.[61] A atleta brasileira se posicionou com a seguinte fala:

A minha causa é a minha luta e eu não vou parar enquanto não melhorar. Eu estarei sempre me posicionando. Eu entendi a importância do meu posicionamento pela visibilidade que tenho agora. Eu tenho recebido muitas mensagens. Por exemplo, muitas meninas me olham e dizem: “depois que você parou de alisar seu cabelo, eu parei também”. Eu me senti representada.” Então é muito bom receber essas mensagens e eu estou vendo o quanto me posicionar é importante por causa dessa visibilidade que eu tenho (Fernandes, 2020).

As Ligas de basquetebol norte-americanas, especialmente a NBA, têm grande visibilidade no mundo todo, a WNBA se encontra em expansão. De todo modo, ambas já ocupam as transmissões televisivas, inclusive no Brasil (Francischini, 2024). O relato de Damiris Dantas demonstra a consciência social adquirida de que suas ações podem influenciar pessoas, por meio de sua visibilidade como atleta, e contribuir para transformações sociais mais amplas.

2.2.2 Ações em diferentes contextos

Este tema organiza as ações antirracistas praticadas pelos(as) atletas em: "ação por meio de entrevistas"; "ação de boicote ao jogo"; "ação de contatos com políticos"; "ação com protestos nas ruas"; e "ação pelas redes sociais".

2.2.2.1 Ação por meio de entrevistas 

Essa parte está dividida em dois momentos: o primeiro se refere às publicações de textos no site The Players Tribune, uma plataforma desenvolvida para atletas de qualquer esporte publicarem depoimentos, pensamentos, ou mesmo cartas para si mesmos sobre qualquer assunto, em primeira pessoa [62]; e o segundo são as entrevistas pós-jogo, usadas pelos atletas na “bolha” para falar sobre temas de justiça social e racismo sistêmico, como uma das condições impostas para a volta da temporada.

A plataforma do The Players Tribune, por meio de seu site e de perfis nas redes sociais, é amplamente utilizada por atletas do mundo inteiro e de diferentes modalidades esportivas. Os relatos costumam abordar diferentes tópicos da vida cotidiana ou questões importantes que os esportistas desejam comentar. Dentro das notícias selecionadas na pesquisa, está citada a publicação de Natasha Cloud, atleta do Washington Mystics, equipe da WNBA, que usou esse espaço para falar sobre como é ser uma pessoa negra numa sociedade estruturalmente racista, além da importância das pessoas se manifestarem contra esse sistema que mata inocentes todos os dias, se direcionando mais especificamente às pessoas pretensamente neutras politicamente.[63] O objetivo era mostrar como o silêncio é uma arma para que a opressão racista se perpetue.

Kyle Korver, atleta da NBA, também aparece como outro jogador que publicou, na mesma plataforma, suas experiências com relação ao racismo, a partir do seu privilégio branco.[64] Entretanto, seu relato é anterior ao período estabelecido para essa pesquisa. A neutralidade favorece a manutenção de opressões estruturais, como o racismo; reforça-se, portanto, que não basta não ser racista, mas é necessário ser antirracista.[65]

LeBron James, em três entrevistas pós-jogo, comentou sobre a temática do racismo, com destaque para a primeira, em que o atleta falou sobre Breonna Taylor: “Em primeiro lugar, quero continuar a lançar luz sobre a justiça para Breonna Taylor, sua família e tudo o que está acontecendo com essa situação”. Além disso, ele escreveu "#Justice4BreonnaT" com um marcador em seus tênis para o jogo e foi questionado sobre quais eventos ele gostaria que ocorressem para que essa justiça se realizasse. O jogador respondeu: "Queremos que os policiais que cometeram esse crime sejam presos.[66] [67]

LeBron também fez um discurso impactante sobre os desafios da população negra nos Estados Unidos e o viés racial da polícia e respondeu ao na época presidente dos EUA, Donald Trump, que havia se pronunciado contra os atletas se manifestarem politicamente, e disse que desligava a TV quando se ajoelhavam em protesto durante o hino: “Realmente não acho que a comunidade do basquete esteja triste por perder a audiência dele”.[68] 

O contexto do esporte de alto rendimento é predominantemente conservador; é com pouca frequência que se ouvem palavras contundentes sobre os mais diversos problemas sociais. Neste sentido, as manifestações dos atletas da NBA e da WNBA se destacam. Ao se comparar o ativismo de seus(suas) atletas, com os da NFL, tem-se uma diferença no que se é permitido aos atletas falarem.[69] O ambiente do futebol americano é mais conservador, tanto entre os fãs como nos mais altos escalões administrativos; assim, os protestos são cerceados e punidos, mesmo que de maneira informal, como no caso de Colin Kaepernick, que até hoje não voltou a jogar pelos seus protestos antirracistas.[70] 

No futebol brasileiro também se observam poucas manifestações antirracistas sem muito comprometimento dos clubes, da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), da polícia e da Justiça quanto ao assunto.[71] 

Na WNBA, foi citado o posicionamento de Sue Bird, atleta-ícone do Seattle Storm, em entrevista à ESPN dos EUA. A atleta explicou por que as jogadoras protestaram contra a punição inicialmente imposta pela liga às jogadoras de três equipes por usarem camisetas pretas no aquecimento em apoio às vítimas de tiroteios. O protesto veio em forma de “media blackout”, um boicote de mídia, no qual as atletas recusavam-se a dar entrevistas, aceitando-as apenas sobre questões sociais, e não sobre basquete.[72] 

Não foram encontradas, nas buscas de pesquisa, outras entrevistas de atletas da WNBA; porém, é importante enfatizar que esse fato não significa que elas não realizaram tal ato, mas sim que, nas mídias pesquisadas, isso não veio a ser veiculado.

O silenciamento do posicionamento feminino, em um contexto de masculinidade hegemônica, se revela na seleção de notícias para divulgação pelos meios de comunicação. As atletas da WNBA se posicionaram na linha de frente entre os esportistas dos EUA e, ainda assim, os homens do basquete receberam maior destaque por suas ações antirracistas.[73] 

Outro fator que explica o pouco destaque dado ao ativismo das atletas da WNBA é a interseccionalidade das opressões sofridas em diversos níveis: gênero, raça, orientação sexual, entre outros.[74] Assim, as atletas negras se veem diminuídas como mulheres e como negras — muitas vezes também por suas orientações sexuais, pois muitas são abertamente homossexuais.[75] Os atletas da NBA, por outro lado, sentem a opressão racial, mas não a de gênero.

2.2.2.2 Ação de boicote ao jogo

Essa ação de não jogar foi adotada pelos atletas para não enfraquecer as manifestações populares antirracistas que ocorriam naquele momento, após a morte de George Floyd. No entanto, decidiu-se por jogar com algumas liberdades de manifestação dos atletas. Boicotes ocorreram somente após o assassinato de Jacob Blake. Essas partidas foram realizadas em datas posteriores.

A retomada dos jogos após a paralisação decorrente da pandemia de COVID-19 coincidiu com o caso Floyd. O assassinato ganhou repercussão mundial e desencadeou uma onda de protestos nos EUA. Neste contexto, surgiram discussões sobre o retorno, ou não, à disputa dos jogos. A posição inicial dos jogadores, por meio de sua associação representativa, era a de não retornar.[76] O consenso foi alcançado com a NBA, permitindo que os atletas se manifestassem sobre o tema, e a temporada foi reiniciada. Outro conflito nessa decisão era a situação dos jogadores mais bem pagos versus os jogadores com salários menores na liga, já que, nos meses de parada devido à pandemia, os pagamentos dos atletas foram reduzidos em 25%.[77] O ala-pivô do Utah Jazz, Ed Davis, declarou:

Há outros caras na lista que precisam desse dinheiro para prover o sustento dos seus. É fácil para as superestrelas dizerem como se sentem sobre isso ou aquilo. Mas o retorno significa muito mais quando se trata dos jogadores comuns. Existem tantas perspectivas diferentes porque existem muitos níveis diferentes na NBA. Então, é fácil para os astros dizerem que não vão jogar, e tudo bem. Mas alguns não conseguem fazer isso.[78]

Atletas estadunidenses, entre eles LeBron James, já vinham se envolvendo em outras ações políticas, como a organização More Than a Vote, que defende o direito ao voto nos EUA. O voto neste país não é obrigatório, e há um movimento que dificulta o acesso das pessoas às urnas, afetando especialmente a população negra e marginalizada.[79] A participação dos atletas parece ter tido impacto nas eleições de 2020, pois houve um aumento no número de eleitores em regiões de operação da NBA.[80]

LeBron James também é citado por ter fundado uma escola em sua cidade natal, com o objetivo de ampliar o acesso à educação e ao esporte para crianças carentes. O australiano Patty Mills também é citado ao declarar que doaria todo o salário da temporada disputada na bolha para organizações australianas envolvidas com o Black Lives Matter.[81]

Em relação às ações das atletas da WNBA, o espaço midiático foi menor; no entanto, uma notícia que se destaca é a da atleta Maya Moore, que interrompeu sua carreira esportiva para ajudar a provar na justiça a inocência de um cidadão negro condenado à prisão. Depois de muita disputa, o jovem foi solto e sua inocência comprovada.[82] 

Outras duas atletas, Natasha Cloud e Renee Montgomery, também interromperam suas carreiras para se envolverem em iniciativas que promovessem justiça social, inclusive participaram da bolha para conversar com as demais atletas.[83] Essa movimentação também ocorre em função da WNBA permitir espaço para essas discussões. A brasileira Damiris Dantas relata essa liberdade:  

Na WNBA, discutimos diversas causas diariamente e realizamos muitas ações. A liga nos dá total suporte; isso facilita e nos dá confiança para nos posicionar. A mulher tem batalhas constantes todos os dias com diversas questões. Temos que ser resistentes e ter voz ativa a favor dos nossos direitos. Nós, juntas, estamos ficando mais fortes e unidas pela igualdade.[84]

Percebe-se que em ambientes menos conservadores, como demonstrados pela NBA e especialmente pela WNBA, parece haver um favorecimento aos(às) atletas para se manifestarem sobre temas para além do esporte.[85] Essa liberdade não é comum nas instituições esportivas e nas ligas espalhadas pelo mundo, onde o ativismo político de atletas é muitas vezes mal visto e punido com represálias.

Outra ação que se destacou foi feita pela equipe do Milwaukee Bucks. Após o assassinato de Jacob Blake, os atletas boicotaram um jogo de playoff e leram um texto explicativo sobre essa atitude e esse posicionamento. Inclusive na ocasião, cogitou-se o abandono de todo o restante da temporada. Outras equipes que jogaram no dia seguinte também se recusaram a jogar. Decidiu-se por continuar a temporada, com o reforço de que as manifestações dos atletas em repúdio aos incidentes raciais continuariam em todos os jogos seguintes. A NBA propôs, inclusive, ampliar o espaço para as manifestações. Foi criada uma coalizão por justiça social, formada por atletas, treinadores e governantes, para lançar luz sobre propostas que reformasse a justiça criminal e a ação policial. A NBA também se comprometeu a transformar suas arenas em locais de votação nas eleições de 2020, especialmente para o público mais vulnerável às consequências da COVID-19. Além de contribuir com propagandas voltadas a ampliar o engajamento social nas eleições.[86]

Após o encerramento da temporada em 11 de outubro, as notícias sobre o ativismo dos atletas não foram mais encontradas nos veículos midiáticos pesquisados. Isso não significa que as ações foram interrompidas; elas só não eram mais amplamente divulgadas como nos momentos de pico dos acontecimentos. Ao mesmo tempo, muitos atletas só se manifestaram publicamente quando perguntados sobre os temas, enquanto outros(as) atuaram cotidianamente, envolvidos em diversas causas, por exemplo, em movimentos antirracistas.[87]

2.2.2.3 Ação de contato com políticos

Jogadores como LeBron James já participaram de forma explícita de campanhas políticas, apoiando candidatos que mais se alinhassem às suas ideias.[88] No presente trabalho, destacam-se dois momentos em que os/as esportistas decidiram entrar em contato com ou apoiar políticos que defendem suas ideias.

O primeiro se refere à co-proprietária da franquia Atlanta Dream, candidata republicana ao Senado, que se manifestou contra o Black Lives Matter. As atletas de sua equipe se mobilizaram para declarar apoio a um candidato democrata, usando camisetas com o nome dele durante o aquecimento.

Esse episódio foi muito marcante, pois a candidata ao Senado perdeu as eleições para o candidato apoiado pelas atletas. Além disso, após ser pressionada, vende a sua parte da franquia para uma ex-atleta da equipe que atua em movimentos sociais na luta por justiça. Ampliando o potencial transformador de uma manifestação que gerou resultados objetivos.[89] [90]

O segundo episódio ocorreu após a divulgação do caso Jacob Blake e o contato, ainda nos vestiários, dos jogadores do Milwaukee Bucks com o vice-governador de Wisconsin, Mandela Barnes, e o procurador-geral Josh Kaul. Os jogadores queriam a ajuda dos políticos para ações conjuntas de curto, médio e longo prazo. O vice-governador respondeu que eles deveriam pressionar todos os níveis de governo, a fim de, por exemplo, que votassem a proposta de reforma policial. Os jogadores, fortalecidos pela conversa, boicotaram a partida e, nas entrevistas, falaram sobre essas demandas.[91]

Ao perceberem a necessidade de agir também pressionando a esfera política, onde se concentra maior poder de decisão, os atletas da NBA se destacam ainda mais no meio esportivo atual quanto aos seus modos de ativismo. Esse tipo de envolvimento político de esportistas não é comum em outros esportes. Por meio de suas ações, os atletas da NBA tiveram contato com o meio político, demandando soluções para os problemas e pressionando a classe política a esse respeito.[92]

2.2.2.4 Ação com protestos nas ruas

Muitos atletas da NBA compareceram aos protestos antirracistas em 2020. Na ocasião, a temporada ainda estava interrompida em função da pandemia da COVID-19 e são citados os nomes de Jaylen Brown, Malcolm Brogdon, Karl Anthony Towns, J. R. Smith, Westbrook, DeMar DeRozan, Setphen Curry e Giannis Antetokoumpo, além de maneira coletiva, os atletas do Washington Wizards. Destaca-se o caso de Jaylen Brown, que dirigiu 15 horas entre Boston e Atlanta para liderar um protesto próximo à sua cidade natal.[93]

Esse tipo de ação remete aos grandes protestos ocorridos na década de 1960, na era do Movimento dos Direitos Civis. Tal ato, atrelado a outros movimentos antirracistas como o Black Power e os Panteras Negras, demandava justiça social, respeito e dignidade para a população negra estadunidense e foi liderado por ícones como Martin Luther King, Malcom X e Rosa Parks.[94] Entre os atletas, Muhammad Ali, Jim Brown, Bill Russell e Kareem Abdul-Jabbar (os dois últimos atletas da NBA) foram os mais destacados, e são reconhecidos até hoje como símbolos de atletas que se posicionaram politicamente. As manifestações em reação ao assassinato de George Floyd talvez sejam as maiores desde o Movimento dos Direitos Civis [95], mostrando que a situação não mudou significativamente em relação ao racismo estadunidense em quase 60 anos. Não foi noticiada a participação de atletas da WNBA nos protestos de rua.

2.2.2.5 Ação pelas redes sociais

Por meio das notícias analisadas, destaca-se a participação dos/as atletas em ações nas redes sociais.  LeBron James, Stephen Curry e Kyrie Irving, por meio de Instagram, pediram justiça por Breonna Taylor. Após o assassinato de George Floyd, vários jogadores da NBA registraram em seus perfis fotos deles participando dos protestos de rua.[96]

Após o caso de Blake, LeBron James se manifestou novamente no seu perfil, pedindo mudanças imediatas no tratamento dado aos negros nas abordagens policiais.[97] 

Como padrão observado em todos os temas, as ações das atletas da WNBA foram bem menos noticiadas. Destaca-se o embate das atletas com a candidata republicana coproprietária da franquia do Atlanta Dream, quando a atleta Layshia Clarendon tuitou seu repúdio às falas da então candidata. Sobre esse assunto, as atletas Natasha Cloud, Skylar Diggins-Smith, Sue Bird, Alysha Clarke e Renee Montgomery também postaram comentários contrários à política republicana”.[98] 

As redes sociais na internet, como o Facebook, Instagram e Twitter, são ferramentas usadas com frequência por pessoas públicas para se comunicarem com seus fãs e apoiadores. O alcance é muito grande, pois usar aplicativos faz parte do cotidiano das pessoas. No Brasil, a proporção de pessoas com 10 anos ou mais de idade que utilizaram a Internet passou de 84,7% em 2021 para 87,2% em 2022. O percentual de idosos (60 anos ou mais) que utilizam a Internet subiu de 24,7% em 2016 para 62,1% em 2022, e 98,4% dos estudantes da rede privada e 89,4% dos alunos da rede pública utilizaram a internet.[99]

Os/As atletas da NBA e da WNBA, com centenas de milhares ou até milhões de seguidores, também utilizaram suas contas para se manifestar sobre casos de violência contra a população negra, aproveitando o alcance de suas publicações.

Considerações Finais

O objetivo geral deste trabalho foi identificar e analisar os modos de manifestação do ativismo antirracista de atletas da WNBA e da NBA em 2020. De forma específica, este estudo procurou analisar: a) quais foram as formas de manifestações antirracistas veiculadas pelos veículos de comunicação especializados em esporte; b) como se distribuiu a cobertura midiática em relação às manifestações dos atletas da NBA e WNBA; e c) quais foram os/as atletas da NBA e da WNBA que mais tiveram suas manifestações registradas pelos veículos de comunicação analisados.

Foram várias e variadas as formas de ativismo adotadas pelas/os esportistas para a manifestação de suas causas sociais, nas quais empregaram grande sacrifício, inclusive renunciando à temporada de basquete. A força coletiva, a determinação e a ação das/os atletas, neste caso, se confirmam como movimentos de exceção no campo esportivo mundial. A NBA recebeu uma cobertura de imprensa significativamente maior do que a da WNBA, evidenciando diferenças econômicas e de gênero. Assim como LeBron James foi o jogador com maior espaço midiático, confirmando seu papel de atleta de grande destaque esportivo e comercial em âmbito mundial.

Os boicotes aos jogos de playoffs em agosto de 2020 foram o ponto mais alto de uma temporada ativista repleta de eventos excepcionais. A pandemia de COVID-19 e os novos casos de brutalidade policial e racismo sistêmico nos Estados Unidos, amplamente divulgados nas redes sociais e na mídia tradicional, podem ter sido fruto de um momento de maior intolerância, da sociedade em geral, em relação ao racismo. Tal cenário foi determinante para que os jogadores e jogadoras tivessem maior respaldo para agirem de diversas maneiras: usando símbolos, concedendo entrevistas contundentes, tendo contato direto com políticos, participando de protestos nas ruas, usando amplamente suas contas nas redes sociais e, claro, boicotando jogos. LeBron James, considerado um dos jogadores mais importantes da história do basquete norte-americano e mundial, mostra-se também o atleta mais midiático fora das quadras, onde frequentemente é citado nos veículos de imprensa, tanto brasileiros, como estadunidenses, analisados neste estudo.

A discrepância de espaço dado na mídia para a WNBA ficou nítida, com apenas 20,9% das notícias selecionadas abordando a liga das mulheres. Essa sub-representação reflete a intersecção de opressões históricas estruturais, essencialmente a misoginia e o racismo. Opressões que também contribuem para outra questão que influencia o menor espaço na mídia, que é a lucratividade da liga – pois possui menor público em comparação com a NBA. Um olhar com mais atenção e destaque para as várias ações tomadas pelas jogadoras ao longo dos últimos anos é importante para também entender o efeito que suas ações tiveram no esporte e na sociedade.

Diante da contribuição desta pesquisa para entender as manifestações de atletas em causas sociais, neste caso especificamente o racismo, este trabalho possui algumas limitações inerentes a uma revisão, em que são feitas escolhas com base em critérios de inclusão e exclusão. Dessa forma, apenas uma parte da imprensa foi representada. Acrescenta-se o aspecto de que as formas de manifestações dos/das atletas aqui analisadas foram descritas pelas agências de notícias, que também não divulgam as informações de maneira neutra. Uma forma de superar algumas dessas limitações seria entrevistar os próprios atletas ou verificar manifestações destes em outros ambientes, como por exemplo suas redes sociais.

Para estudos futuros, entende-se a necessidade de mais pesquisas que relacionem as manifestações de atletas no campo esportivo em diferentes causas, como a luta por reconhecimento da comunidade LGBTQIAPN+ e de atletas mulheres por equidade de gênero, em diferentes contextos, modalidades esportivas e situações.

Com respeito às lacunas encontradas no presente estudo, propõe-se mais investigações quanto ao ativismo coletivo dentro da WNBA, assim como uma busca mais detalhada dos modos de ativismo dos quais as/os atletas se utilizam, e o impacto deles em relação à promoção de justiça social.

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Las opiniones, análisis y conclusiones del autor son de su responsabilidad y no necesariamente reflejan el pensamiento de la Revista Inclusiones.


[1] Bourdieu, Pierre. 2004. Coisas ditas São Paulo: Ed. Brasiliense, 2004.

[2] Marques, Renato Francisco Rodrigues, Gutierrez, Gustavo Luis, e Montagner, Paulo Cesar. Novas configurações socioeconômicas do esporte contemporâneo. Revista da Educação Física, v. 20, n. 4, p. 637-648, 2009. DOI: 10.4025/reveducfis.v20i4.6090

[3] Meihy, Murilo, Souza, Luana. O esporte como ferramenta política e diplomática:  o caso do boicote americano às Olimpíadas de Moscou (1980). FuLiA / UFMG, v. 2, n. 3, p. 147–159, 2018. https://doi.org/10.17851/2526-4494.2.3.147-159

[4] Marques, Gutierrez e Montagner. Novas configurações socioeconômicas do esporte contemporâneo. Revista da Educação Física, 2009.

[5] Kaufman, Peter. Boos, Bans, and other Blacklash: The Consequences of Being  an Activist Athlete. Humanity and Society, v. 32, p. 215–237, 2008. https://doi.org/10.1177/016059760803200302

[6]  Sappington, Ryan, Keum, Brian TaeHyuk, e Hoffman, Mary Ann. “Arrogant,  ungrateful, anti American degenerates”: Development and initial validation of the Attitudes Toward Athlete Activism Questionnaire (ATAAQ). Psychology of Sport and Exercise, v. 45, n. February, 2019. https://doi.org/10.1016/j.psychsport.2019.101552

[7] Smith, Brent, e Tryce, Stephanie. Understanding Emerging Adults’ National Attachments and Their Reactions to Athlete Activism. Journal of Sport and Social Issues, v. 43, n. 3, p. 167–194, 2019. https://doi.org/10.1177/019372351983640

[8] Mariante Neto, Flávio Py, Miranda, Carlos Fabre, Myskiw, Mauro, e Stigger, Marco Paulo. “Muhammad Ali, Um Outsider Na Sociedade Americana?”. Revista Brasileira De Ciências Do Esporte 32, no. 2-4 (December 2010): 105–22. https://doi.org/10.1590/S0101 32892010000200008.

[9] Kaufman, Peter. Boos, Bans, and other Blacklash: The Consequences of Being  an Activist Athlete. Humanity and Society, v. 32, p. 215–237, 2008. https://doi.org/10.1177/016059760803200302

[10] Silva, Rui Pedro. Tommie Smith e John Carlos. O protesto olímpico mais famoso. É Desporto, 24 abril 2020. Disponível em: https://edesporto.com/tommie-        smith-e-john-carlos-o-protesto 173481. Acesso em: 28/05/2025.

[11] Folha de São Paulo, 2020. Atletas da NBA boicotam jogos dos playoffs após  violência policial contra homem negro. Folha de São Paulo, Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/esporte/2020/08/atletas-da-nba-boicotam-jogo-dos-playoffs-apos-violencia-policial-contra-homem-negro.shtml Acesso em: 03/06/2021.

[12] Edwards, Harry. 2016. "The promise and limits of leveraging Black athlete power  potential to compel campus change." Journal of Higher Education Athletics & Innovation, p. 4-13, 2016. https://doi.org/10.15763/issn.2376-5267.2016.1.1.4-13

[13] Williams, A. Lamont. The Heritage Strikes Back: Athlete Activism, Black Lives Matter, and the Iconic Fifth Wave of Activism in the (W)NBA Bubble. Cultural Studies ↔ Critical Methodologies. Vol. 22(3) 266–275, 2022. https://doi.org/10.1177/15327086211049718

[14] Faculdades e Universidades Historicamente Negras. Tradução livre dos autores.

[15] Agyemang, Kwame, Singer, John N., e Weems, Anthony J. ‘Agitate! Agitate! Agitate!’: Sport as a site for political activism and social change. Organization, 27(6), 952-968, 2020 https://doi.org/10.1177/1350508420928519

[16] Agyemang, Singer Weems. ‘Agitate! Agitate! Agitate!’: Sport as a site for political activism and social change, 2020.

[17] Agyemang, Singer Weems. ‘Agitate! Agitate! Agitate!’: Sport as a site for political activism and social change, 2020.

[18] Cooper, Joseph N., Macaulay, Charles, e Rodriguez, Saturnino H. Race and resistance: A typology of African American sport activism. International Review for the Sociology of Sport, v. 54, n. 2, p. 151–181, 2019. https://doi.org/10.1177/1012690217718170

[19] Agyemang, Kwame. Black male athlete activism and the link to Michael Jordan: A transformational leadership and social cognitive theory analysis. International Review for the Sociology of Sport, 47(4), 433-445, 2012. https://doi.org/10.1177/1012690211399509, 2012)

[20] Cooky, C Cheryl,e Antunovic, Dunja. “This Isn’t Just About Us”: Articulations of Feminism in Media Narratives of Athlete Activism. Communication and Sport, v. 8, n. 4–5, p. 692–711, 2020. https://doi.org/10.1177/2167479519896360

[21] “Pessoas negras, amo vocês, amo a nós. Nossas vidas importam”. Tradução livre dos autores.

[22] Clayton, Dewey M. Black Lives Matter and the Civil Rights Movement: A  Comparative Analysis of Two Social Movements in the United States. Journal of Black Studies, 49(5), 448-480, 2018. https://doi.org/10.1177/0021934718764099        , 2018)

[23] Garel, Connor. WNBA Players Protested Police Brutality Even Before Colin  Kaepernick. Remember That? Huffpost. 28 de Agosto de 2020. Disponível em:https://www.huffingtonpost.ca/entry/wnbaprotestblacklivesmatter_ca_5f496791c5b697186e35f3a6. Acesso em: 28/05/2025.

[24] Globoesporte.com, 2020a. Condenado a 50 anos de prisão é libertado após estrela da WNBA largar a carreira para ajudá-lo. Rio de Janeiro, Brasil, 01 julho 2020. Globoesporte.com, Disponível em: https://ge.globo.com/basquete/noticia/condenado-a-50-anos-de-prisao-e-libertado-apos-estrela-da-wnba-largar-a-carreira-para-ajuda-lo.ghtml. Acesso em: 11/10/2023.        

[25] Garel, Connor. WNBA Players Protested Police Brutality Even Before Colin  Kaepernick. Remember That? Huffpost. 28 de Agosto de 2020. Disponível em:https://www.huffingtonpost.ca/entry/wnbaprotestblacklivesmatter_ca_5f496791c5b697186e35f3a6. Acesso em: 28/05/2025.

[26] Globoesporte.com, 2020a. Condenado a 50 anos de prisão é libertado após estrela da WNBA largar a carreira para ajudá-lo. Rio de Janeiro, Brasil, 01 julho 2020. Globoesporte.com, Disponível em: https://ge.globo.com/basquete/noticia/condenado-a-50-anos-de-prisao-e-libertado-apos-estrela-da-wnba-largar-a-carreira-para-ajuda-lo.ghtml. Acesso em: 11/10/2023.

[27] Steffen, Lauren Santos, Henriques, Mariana Nogueira, e Lisboa Filho, Flavi Ferreira. Análise cultural-midiática como protocolo teórico-metodológico de pesquisas em comunicação. Intercom-Revista Brasileira de Ciências da Comunicação, v. 43, n. 3, p. 21-39, 2020. DOI: https://doi.org/10.1590/1809-5844202031

[28] Marques, Renato Francisco Rodrigues, e Graeff, Billy. Análise temática reflexiva: interpretações e experiências em educação, sociologia, educação física e esporte. Motricidades: Revista da Sociedade de Pesquisa Qualitativa em Motricidade Humana, v. 6, p. 115-130, 2022. https://doi.org/10.29181/2594-6463-2022-v6-n2-p115-130

[29] Braun, Virginia, e Clarke, Victoria. Using thematic analysis in counselling and  psychotherapy research: A critical reflection. Counselling and Psychotherapy Research, v. 28, n. 2, p. 107-110, 2018. https://doi.org/10.1002/capr.12165

[30] Braun, Virginia, e Clarke, Victoria., 2019. Reflecting on reflexive thematic  analysis. Qualitative Research in Sport, Exercise and Health, v. 11, n. 4, p. 589–597, 2019. https://doi.org/10.1080/2159676X.2019.1628806

[31] Braun, Virginia, Clarke, Victoria, e Weate, Paul. Using Thematic Analysis in Sport  and Exercise Research. In Smith, Brett, Sparkes, Andrew C. (Eds.), Routledge Handbook of Qualitative Research in Sport and Exercise (pp. 191-205). London: Routlegde, 2016.

[32] Braun, Virginia, e Clarke, Victoria. Using thematic analysis in psychology.  Qualitative Research in Psychology, v. 3, n. 2, p. 77–101, 2006. https://doi.org/10.1191/1478088706qp063oa

[33] Braun, Virginia, e Clarke, Victoria., 2019. Reflecting on reflexive thematic analysis. Qualitative Research in Sport, Exercise and Health, v. 11, n. 4, p. 589–597, 2019. https://doi.org/10.1080/2159676X.2019.1628806

[34] Braun, Virginia, Clarke, Victoria, e Weate, Paul. Using Thematic Analysis in Sport and Exercise Research. In Smith, Brett, Sparkes, Andrew C. (Eds.), Routledge Handbook of Qualitative Research in Sport and Exercise (pp. 191-205). London: Routlegde, 2016.

[35] Braun, e Clarke. Reflecting on reflexive thematic analysis. Qualitative Research in Sport, Exercise and Health, 2019).

[36] An, Seon-Kyoung, e Gower, Karla K.. How do the news media frame crises? A content analysis of crisis news coverage. Public Relations Review, v. 35, n. 2, p. 107–112, 2009. https://doi.org/10.1016/j.pubrev.2009.01.010

[37] Globoesporte.com, 2020d. Jogadoras da WNBA vestem camisa em apoio a  candidato rival de dona do Atlanta Dream. Globoesporte.com, Disponível em: https://ge.globo.com/basquete/noticia/jogadoras-da-wnba-vestem-camisa-em-apoio-a-canditato-rival-de-dona-do-atlanta-dream.ghtml. Acesso em: 11/10/2023.

[38]A lista de nomes sugeridos foi acordada entre a National Basketball Players Association (NBPA) e a NBA, e disponibilizada para os jogadores via e-mail. A lista continha as seguintes mensagens: Black Lives Matter; Say Their Names; Vote; I Can’t Breathe; Justice; Peace; Equality; Freedom; Enough; Power to the People; Justice now; Say Her Name; entre outras possibilidades (Ambrosio, 2020b).

[39] Promoview, 2020. Emissoras perderão US$ 1 bilhão nos EUA sem a NBA. Promoview, 08/04/2020. Disponível em: https://www.promoview.com.br/categoria/esportes/emissoras-perderao-us-1-bilhao nos-eua sem-a-nba.html. Acesso em: 31/05/2025.

[40] Spears Marc J. NBA permitirá que jogadores usem uniformes com mensagens  de justiça social no lugar dos nomes. ESPN Brasil, 26 junho 2020a. Disponível em: https://www.espn.com.br/nba/artigo/_/id/7098682/nba-permitira-jogadores-usem-uniformes-mensagens-justica-social-lugar-nomes. Acesso em: 11/10/2023.        

[41] Spruill, Tamryn. The WNBA has no black women in head coaching positions, and that’s a problem. Swish Appeal, 8 de Janeiro de 2020. Disponível em: https://www.swishappeal.com/wnba/2020/1/8/21056860/wnba-no-black-women-head-coaches-noelle-quinn-camille-little. Acesso em: 28/05/2025.

[42] Carvalho, Brunno, e Mesquita, Patrick. Igualdade acima do show NBA planeja volta em meio a protestos antirracistas. Parte dos atletas teme que partidas tirem o foco da luta. UOL, Disponível em: https://www.uol.com.br/esporte/reportagens-especiais/nba-racismo/. Acesso em: 25/05/2025.

[43] Munanga, Kabengele. Rediscutindo a mestiçagem no Brasil: Identidade nacional versus identidade negra Belo Horizonte: Grupo Autêntica, 2019.

[44] Fenajud. Um jovem negro é assassinado a cada 23 minutos no Brasil, denunciam  entidades. Fenajud, 20 de maio de 2020. Disponível em: https://fenajud.org.br/?p=8060. Acesso em: 28/05/2025

[45] Portal jornalismo ESPM, 2019. O negro no futebol brasileiro. Portal jornalismo ESPM, 20/11/2019. Disponível em: https://jornalismorio.espm.br/portal/o-negro-no-futebol-brasileiro/. Acesso em: 31/05/2025.

[46] Almeida, Silvio. Racismo Estrutural São Paulo: Pólen, 2019.

[47] Espn, 2020a. NBA: Kyrie Irving pediu a companheiros dos Nets que não jogassem e sugeriu que atletas montassem outra liga. ESPN, Disponível em: https://www.espn.com.br/nba/artigo/_/id/7053033/nba-kyrie-irving-pediu-a-companheiros-dos-nets-que-nao-jogassem-e-sugeriu-que-atletas-montassem-outra-liga. Acesso em: 28/05/2025.

[48] Spears Marc J. Milwaukee Bucks' Kyle Korver: Decision to use 'Black Lives Matter' on back of jersey an easy one. ESPN Brasil, 2020b Disponível em: https://www.espn.com/nba/story/_/id/29451387/decision-use-black-lives-matter back-jersey easy-one. Acesso em: 11/10/2023.

[49]The white male who has been outspoken about white privilege chose "Black Lives Matter." "I just think that in this moment in time, this is the message. Anything I would ever hope to convey on the back of a jersey is represented in these three words," Korver told The Undefeated in a text message Sunday (Spears, 2020b)

[50] Spears Marc J. NBA: Jogadores brancos discutem responsabilidade para com companheiros negros. ESPN Brasil, 2020c Disponível em: https://www.espn.com.br/nba/artigo/_/id/7248422/nba-jogadores-brancos-discutem responsabilidade-para-com-companheiros-negros. Acesso em: 11/10/2023.

[51] Ribeiro, Djamila. Quem tem medo do feminismo negro? São Paulo: Companhia das Letras, 2018.

[52] Globoesporte.com, 2020i. Bolha da WNBA contra o coronavírus na Flórida recebe críticas pelas péssimas condições. Rio de Janeiro, Brasil, 08 julho de 2020. Globoesporte.com, Disponível em: https://ge.globo.com/basquete/noticia/bolha-da-wnba-contra-o-coronavirus-na-florida-recebe-criticas-pelas-pessimas-condicoes.ghtml. Acesso em: 31/10/2021

[53] McMenamin, Dave. LeBron James calls Black Lives Matter 'a walk of life,' advocates for Breonna Taylor. ESPN, 24 de julho de 2020a. Disponível em:  https://www.espn.com/nba/story/_/id/29528067/lebron-james-calls-black-lives-matter-walk-life-advocates-breonna-taylor. Acesso em: 28/05/2025.        

[54] Globoesporte.com, 2020h. Retorno da NBA tem protestos antirracistas, desenho  animado e LeBron James decisivo. Globoesporte.com, Disponível em: https://ge.globo.com/basquete/nba/noticia/retorno-da-nba-tem-protestos-antirracistas-desenho-animado-e-lebron-james-decisivo.ghtml. Acesso em: 11/10/2023

[55] Smith, Lauren. Stand up, show respect: Athlete activism, nationalistic attitudes, and emotional response. International Journal of Communication, v. 13, p. 2376–2397, 2019.        Disponível em: https://ijoc.org/index.php/ijoc/article/view/10027/2666.

[56] Smith, Brent, e Tryce, Stephanie. Understanding Emerging Adults’ National

Attachments and Their Reactions to Athlete Activism. Journal of Sport and Social Issues, v. 43, n. 3, p. 167–194, 2019. https://doi.org/10.1177/019372351983640

[57] Globoesporte.com, 2020f. Lebron James rebate críticas de Donald Trump a protestos antirracistas na NBA. Globoesporte.com, Disponível em: https://ge.globo.com/basquete/nba/noticia/lebron-james-rebate-criticas-de-donald-trump-a-protestos-antirracistas-na-nba.ghtml. Acesso em: 11/10/2023.        

[58] Borders, Lisa. Inspiring and Empowering Women: The WNBA Leading the Way into the 21st Century. Journal of Legal Aspects of Sport, v. 28, n. 1, p. 121-125, 2018. https://doi.org/10.18060/22566

[59] Globoesporte.com, 2020c. Jogadoras da WNBA também decidem não jogar e usam camisas com marcas de tiro. Globoesporte.com, Disponível em: https://ge.globo.com/basquete/noticia/jogadores-de-outras-ligas-seguem-exemplo-da-nba-e-decidem-boicotar-jogos-como-protesto.ghtml. Acesso em: 11/10/2023.

[60] Globoesporte.com, 2020j. Veja atletas que foram às ruas nos EUA em protesto  à morte de George Floyd 31 de maio de 2021. Globoesporte.com, Disponível em: https://ge.globo.com/basquete/nba/noticia/veja-atletas-que-foram-as-ruas-nos-eua-em-protesto-a-morte-de-george-floyd.ghtml Acesso em: 03/06/2021.

[61] Ribeiro, Djamila. Quem tem medo do feminismo negro? São Paulo: Companhia das Letras, 2018.

[62] The Players Tribune Brasil. Sobre o TPT Brasil. The Players Tribune Brasil, 2021. Disponível em: https://www.theplayerstribune.com/br/posts/sobre-o-tpt-brasil. Acesso em: 11/10/2023.

[63] Cloud, Natasha. Your silence is a knee on my neck. The Players Tribune, Washington, 30 maio 2020. Disponível em: https://www.theplayerstribune.com/articles/natasha-cloud-your-silence-is-a-knee-on-my-neck-george-floyd. Acesso em: 28/05/2025.

[64] Korver, Kyle. 2019. Privileged. The Players Tribune. 8 de abril de 2019. Disponível em:  https://www.theplayerstribune.com/articles/kyle-korver-utah-jazz-nba. Acesso em: 28/05/2025.

[65] Davis, A. Mulheres, raça e classe São Paulo: Boitempo, 1981.

[66] McMenamin, Dave. NBA: LeBron James afirma que não usará mensagem social em seu uniforme na volta da liga. ESPN, 11 de julho de 2020b. Disponível em:   https://www.espn.com.br/nba/artigo/_/id/7151719/nba-lebron-james-afirma-nao-usara-mensagem-social-uniforme-volta-liga. Acesso em: 28/05/2025.        

[67] "First of all, I want to continue to shed light on justice for Breonna Taylor and to her family and everything that's going on with that situation," James said as an opening statement. "We want the cops arrested who committed that crime," James said of the three Louisville police officers involved” (Mcmenamin, 2020b).

[68] Globoesporte.com, 2020k. Rodada da NBA tem show da linha de 3, raça, toco cinematográfico  e protesto vetado. Globoesporte.com, Disponível em:  https://ge.globo.com/basquete/nba/noticia/rodada-da-nba-tem-show-da-linha-de-3-raca-toco-cinematografico-e-protesto-vetado.ghtml. Acesso em: 02/11/2023.)

[69] Globoesporte.com, 2019. Quarterbacks negros superam passado de  segregação e assumem protagonismo na NFL. Globoesporte.com, Rio de Janeiro, Brasil, 20 novembro 2019. Disponível em: https://ge.globo.com/futebol-americano/noticia/quarterbacks-negros-superam-passado-de-segregacao-e-assumem-protagonismo-na-nfl.ghtml. Acesso em: 11/10/2023.

[70] (Boykoff e Carrington, 2020)

[71] (Castilho, 2020)

[72] (Wire, 2016)

[73] Cooky, C Cheryl,e Antunovic, Dunja. “This Isn’t Just About Us”: Articulations of Feminism in Media Narratives of Athlete Activism. Communication and Sport, v. 8, n. 4–5, p. 692–711, 2020. https://doi.org/10.1177/2167479519896360

[74] Collins, Patricia Hill, e Bilge, Sirma. Interseccionalidade São Paulo: Boitempo, 2021.

[75] Myrdahl, Tiffany Muller. 2007. “Lesbian community” in Women’s National        Basketball Association (WNBA) spaces. Social and Cultural Geography, v. 8, n. 1, p. 9–28, 2007. https://doi.org/10.1080/14649360701251502

[76] Espn, 2020d. NBA: Bastidores da decisão dos jogadores de protestarem e as discussões sobre próximos passos. ESPN, Disponível em: https://www.espn.com.br/nba/artigo/_/id/7348749/nba-bastidores-da-decisao-dos-jogadores-de-protestarem-e-as-discussoes-sobre-proximos-passos. Acesso em: 11/10/2023.

[77] Ambrósio, Alana. 'Temos que ser resistentes e ter voz ativa a favor dos nossos direitos', diz Damiris Dantas, brasileira na WNBA. ESPN, Brasil, 04 junho 2020, 2020b. Disponível em: https://www.espn.com.br/espn-pt-br-wnba/artigo?id=7009364&_slug_=wnba-brasileira-damiris-temos-que-ser-resistentes-ter-voz-ativa-a-favor-nossos-direitos. Acesso em: 28/05/2025

[78] Ambrosio. 'Temos que ser resistentes e ter voz ativa a favor dos nossos direitos', diz Damiris Dantas, brasileira na WNBA. ESPN, Brasil, 04 junho 2020, 2020b.

[79] Turman, Jack. LeBron James' More Than a Vote launches new campaign to        defend voting rights. CBS News, Washington, 5 março de 2021. Disponível em: https://www.cbsnews.com/news/lebron-james-more-than-a-vote-voting-rights/ . Acesso em: 28/05/2025

[80] Cancin, Dan. Did the NBA Help Biden Win the Election? Team Arenas Played Pivotal Role Increasing Voter Turnout in Swing States.  Newsweek, United States, 11 outubro 2020. Disponível em: https://www.newsweek.com/nba-arenas-voters-turnout-presidential-election-michigan-wisconsin-arizona-1546320 Acesso em: 28/05/2025.

[81] Globoesporte.com, 2020e. Lebron e atletas da WNBA homenageiam mulher negra morta por policiais. Globoesporte.com, Disponível em: https://ge.globo.com/basquete/nba/noticia/lebron-e-atletas-da-wnba-homenageiam-mulher-negra-morta-por-policiais.ghtml. Acesso em: 11/10/2023.

[82] Globoesporte.com, 2020c. Jogadoras da WNBA também decidem não jogar e usam camisas com marcas de tiro. Globoesporte.com, Disponível em: https://ge.globo.com/basquete/noticia/jogadores-de-outras-ligas-seguem-exemplo-da-nba-e-decidem-boicotar-jogos-como-protesto.ghtml. Acesso em: 11/10/2023.

[83] Shelburne, Ramona. Atlanta Dream co-owner Kelly Loeffler: WNBA support for Black Lives Matter could make some fans 'feel excluded'. 22/07/202. Disponível em: https://www.espn.com/wnba/story/_/id/29514359/atlanta-dream-co-owner-kelly-loeffler-wnba-support-black-lives-matter-make-some-fans-feel-excluded. Acesso em: 31/05/2025.        

[84] Ambrósio, Alana. Da luta contra o racismo às diferenças entre astros e 'jogadores  comuns': o retorno da NBA é mais complexo do que parecia. ESPN, 2020a. Disponível em: https://www.espn.com.br/nba/artigo/_/id/7060101/da-luta-contra-o-racismo-as-diferencas-entre astros-e-jogadores-comuns-o-retorno-da-nba-e-mais-complexo-do-que-parecia. Acesso em: 28/05/2025.

[85] Kaufman, Peter. Boos, Bans, and other Blacklash: The Consequences of Being an Activist Athlete. Humanity and Society, v. 32, p. 215–237, 2008. https://doi.org/10.1177/016059760803200302

[86] Espn, 2020c. NBA e jogadores acertam retorno dos playoffs para sábado e criação de campanhas por justiça social. ESPN, Disponível em: https://www.espn.com.br/nba/artigo/_/id/7352851/nba-jogadores-acertam-retorno-playoffs-sabado-criacao-campanhas-justica-social. Acesso em: 11/10/2023.

[87] Thomas, Blair M, e Wright, James. We can’t just shut up and play: How the NBA and WNBA are helping dismantle systemic racism. Administrative Theory and Praxis, v. 0, n. 0, p. 1–15, 2021. https://doi.org/10.1080/10841806.2021.1918988

[88] Marston, Steve. The Revival of Athlete Activism(s): Divergent Black Politics in the 2016 Presidential Election Engagements of LeBron James and Colin Kaepernick». FairPlay, Revista de Filosofia, Ética y Derecho del Deporte, núm.10, p.45-68, 2017. https://raco.cat/index.php/FairPlay/article/view/327608

[89] Cooky, C Cheryl,e Antunovic, Dunja. “This Isn’t Just About Us”: Articulations of Feminism in Media Narratives of Athlete Activism. Communication and Sport, v. 8, n. 4–5, p. 692–711, 2020. https://doi.org/10.1177/2167479519896360

[90] Zirin, Dave. Kelly Loeffler Just Lost Her WNBA Team to a Player She Refused to Meet. The Nation, EUA, 03 de março 2021. Disponível em: https://www.thenation.com/article/society/kelly-loeffler-wnba-montgomery/ Acesso em: 28/05/2025

[91] Espn, 2020e. NBA: Bucks se negam a jogar em protesto após mais um caso de violência policial e não entram em quadra contra o Magic. ESPN, Disponível em: https://www.espn.com.br/nba/artigo/_/id/7345264/nba-bucks-se-negam-a-jogar-em-protesto-apos-mais-um-caso-de-violencia-policial-e-nao-entram-em-quadra-contra-o-magic. Acesso em: 11/10/2023.        

[92] Placar. Casagrande pede cautela a jogadores que apoiam políticos. 09/05/2017 Disponível em: https://placar.com.br/placar/casagrande-pede-cautela-a  jogadores-que-apoiam-politicos. Acesso em: 31/05/2025.

[93] Globoesporte.com, 2020b. Craque dos Celtics dirige 15 horas para liderar protesto contra a violência policial nos EUA. Rio de Janeiro, Brasil, 01 junho 2020. Globoesporte.com, Disponível em: https://ge.globo.com/basquete/nba/noticia/craque-dos-celtics-dirige-15-horas-para-liderar protesto-contra-a-violencia-policial-nos-eua.ghtml. Acesso em: 11/10/2023.        

[94] Agyemang, Kwame, Singer, John N., e Weems, Anthony J. ‘Agitate! Agitate! Agitate!’: Sport as a site for political activism and social change. Organization, 27(6), 952-968, 2020 https://doi.org/10.1177/1350508420928519

[95] Sanches, Mariana. 2020. Morte de George Floyd: as semelhanças entre 2020 e o histórico ano de 1968 nos EUA. 03/06/202. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/internacional-52904253. Acesso em: 31/05/2025.

[96] Ambrósio, Alana, 2020b. 'Temos que ser resistentes e ter voz ativa a favor dos nossos direitos', diz Damiris Dantas, brasileira na WNBA. ESPN, Brasil, 04 junho 2020, 2020b. Disponível em: https://www.espn.com.br/espn-pt-br-wnba/artigo?id=7009364&_slug_=wnba-brasileira-damiris-temos-que-ser-resistentes-ter-voz-ativa-a-favor-nossos-direitos. Acesso em: 28/05/2025        

[97] Espn, 2020b. NBA: Jogadores decidem continuar playoffs e querem mais ações na luta contra o racismo. ESPN, Disponível em: https://www.espn.com.br/nba/artigo/_/id/7348805/nba-jogadores-decidem-continuar-playoffs-querem-mais-acoes-luta-contra-racismo. Acesso em: 11/10/2023.

[98] Shelburne, Ramona. Atlanta Dream co-owner Kelly Loeffler: WNBA support for Black Lives Matter could make some fans 'feel excluded'. 22/07/202. Disponível em: https://www.espn.com/wnba/story/_/id/29514359/atlanta-dream-co-owner-kelly-loeffler-wnba-support-black-lives-matter-make-some-fans-feel-excluded. Acesso em: 31/05/2025.

[99] AGENCIA IBGE - INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). 161,6 milhões de pessoas com 10 anos ou mais de idade utilizaram a Internet no país, em 2022. 09/11/2023. Disponível em: https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/38307-161-6-milhoes-de-pessoas-com-10-anos-ou-mais-de-idade-utilizaram-a-internet-no-pais-em-2022#:~:text=Destaques,62%2C1%25%20em%202022  Acesso em: 31/05/2025.